Não faz parte da história da Menina e do Sábio.
Alegria chorava em um banco solitário numa rua
deserta de pessoas, mas ladeada pelo colorido das flores e das árvores. O céu
estava azul e contrastava com o branco das nuvens. Ela olhava para cima,
tentando entender o porquê daqueles dias. Queria ficar sozinha, ao mesmo tempo
em que suas lágrimas suplicavam por ajuda. Ela já não olhava para o céu quando
alguém sentara ao seu lado. Alegria soubera no instante quem seria, mas
permanecera calada, com a cabeça baixa e as mãos no rosto. E durante todo o
tempo em que Alegria permanecia inerte, o Sábio Avô contemplava o horizonte em
silêncio, segurando a mão dela. Quando Alegria levantou os olhos e olhou
naqueles olhos cheios de preocupação, ela deixou o Sábio Avô aproximar-se e foi
abraçada. Os dois permaneceram assim por um longo tempo, sem dizer uma sílaba,
uma palavra, enquanto os olhos da Alegria expulsavam toda dor e desespero que
sentia naquele dia ensolarado. E na companhia silenciosa de um Sábio Avô das
palavras e do silêncio, Alegria se acalmara.
Comentários