Para todos aqueles que, assim como a Menina, apreciam olhar pro Céu
A menina
conversava diariamente com o céu, mais especificamente, com a lua e com as suas
companheiras, as estrelas. Ela imaginava alguém em seu lugar. E, por isso,
conseguia dizer em voz alta, tudo aquilo que mantinha escondido dentro de si. A
menina sabia que esse alguém não a escutaria, mas, mesmo assim, continuava, em
quase toda oportunidade, abrindo seus segredos à lua e as estrelas. Se ninguém
a ouvira, ela podia, pelo menos, rir de si mesma. A menina se achava boba por
isso, mas aprendera que momentos assim, de uma solidão não só, a esperança
sentava ao seu lado e fazia o mundo ao seu redor ser clareado por uma luzinha
crescente. E isso a fazia forte, a fazia pensar que os caminhos futuros seriam
mais belos, ladeados por árvores com troncos completos por musgos (sua flora
preferida) e com flores ricas em cores e vida, como a cana-da-índia, o lírio e
a acácia-amarela.
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