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Mostrando postagens de novembro, 2015

Outras vidas

O mini-texto de hoje é dedicado a dupla dinâmica especial Raquelis e Antônio. Boa noite!  - Eu conheço você - Comentou a Menina, sorrindo. - De onde? - Perguntou o Menino, sentindo que também a conhecia. - De outras vidas. - Respondeu ela, com um sorriso que chegava aos olhos. - De outras vidas? Como você sabe? - Perguntou ele, curioso. - Eu sinto! Sinto essa frequência diferente, mais antiga, mais forte, mais inexplicável - Respondeu a Menina de maneira alegre. O Menino sorriu.  - Nossa frequência, só nossa. - Agora era ele quem a fazia sorrir. E os dois não podiam estar mais certos. Eles se conheciam, não de uma só vida passada, mas de muitas outras.

A Menino e o Senhorzinho

Dedicado a Amandis e a José Waldo. O texto agora é mais feliz. Na cidade onde a Menina morava, o Senhorzinho da Praça era conhecido pelo seu bom-humor e sua boa música. Todo final de tarde, ele afinava seu violão e, em um fusca azul (Azulão), seguia para a Praça Central, onde sentava em um banquinho, hoje desgastado pelo tempo, e tocava as músicas de sua juventude. Um ou outro fazia um pedido, dedicando a canção a alguém querido, mas no geral, o Senhorzinho escolhia o repertório. Era sempre a maior alegria. De uns tempos para cá, ele percebia que sempre as 17:45, a Menina passava conversando com alguém, alguém que ele não podia ver. Ela olhava para cima, às vezes sorrindo, às vezes chorando e sozinha mantinha a conversa agitada. Alguns diziam que a Menina era louca, outros que ela conversava com pessoas que já não estavam mais aqui, tinham ainda aqueles que achavam que ela não falava sozinha, mas sim cantava para os males espantar. Nenhuma das alternativas agradava o Senhorzinh