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Mostrando postagens de janeiro, 2018

Carta não entregue?!

Carta que escrevi para Eduardo, meu primeiro amor, mas que nunca entreguei. Te escrevi umas poucas palavras Elas dizem mais ou menos o seguinte... O Vento me disse uma vez que era capaz de escutar meus suspiros madrugada adentro - suspiros daqueles que nos escapam quando gostamos de certo alguém. Eu argumentei dizendo que a interpretação estava errada, mas o Vento - ouvinte desde que o mundo se entende por mundo e colecionador de histórias mais antigo - sabia muito sobre as pessoas. Outro dia, enquanto levava resquícios de poeira do passado para descansar em outros quintais, escutei-o deixar uma mensagem sussurrada pela janela que cantava “a vida é muito curta e o medo (?), o medo, ele paralisa”. Tentei chama-lo de volta, gritei para o Vento, tentando entender o que ele queria dizer com tudo aquilo, mas ele, passageiro do jeito que é, já estava a quilômetros de distância. Fechei a janela. Sentei no chão encostada a parede, enquanto a janela fazia dançar a luz que o sol t