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Mostrando postagens de abril, 2016

A Ventania...

Dedicada a Sabedoria, que mesmo depois de tantas palavras, ainda me escuta falar sobre o ponto de interrogação.  Alegria conversava com a contadora de piadas sobre aqueles dias sufocantes, sufocantes porque a incerteza não a deixava respirar. Ela guardava tanta energia dentro de si - daquelas que fazem o coração comprimir - que precisava gritar para sentir-se mais aliviada. Por isso, no estacionamento onde estava, Alegria pediu a Deus um sinal, atraindo olhares desconhecidos e desentendidos. Meio segundo depois ou até menos, veio o vento. Não o vento diário, mas um Vento diferente com toda força e caos de uma ventania. A desconhecida que ouvira as palavras da Alegria, chamou a atenção dela e da amiga, dizendo: - Você queria um sinal? Ele veio.  –  A moça falava da estranha ventania, apontando para o Céu. Envergonhada, Alegria agradeceu ao telhado azul do mundo inteiro e foi embora pensando nas palavras da jovem não conhecida. Será mesmo que o vento deixara um recado? E se sim, q

"A arte e a vida se imitam" - Autor desconhecido

A Menina ensaiava para o recital da escola no auditório. Ela tocava piano quando o Menino chegou: - Sabia que te encontraria aqui. – De costas para ele, ela sorriu. - Sabia que me encontraria. – Os dois namoravam há um ano e se conheciam mesmo. O Menino subiu os três degraus que davam no palco onde ficava o piano e abraçou a namorada pelas costas. Ele beijou sua bochecha e mordiscou sua orelha, deixando a Menina nervosa. - Assim, você me desconcentra, Amor – Disse a Menina com o coração já acelerado. - Ah, é? – Sussurrou ele no ouvido dela, enchendo-a de beijos. A Menina parou de tocar a canção composta para a apresentação do final de semana e se deixou envolver pelos braços e beijos do namorado. Depois de um tempo, com muita dificuldade, ela conseguiu “escapar”. - Você está me atrapalhando... – Falou ela, tentando resistir ao Menino. Ele insistiu, sabendo que a Menina desistiria. Só foi necessário poucos segundos para que ela cedesse aos beijos dele. Os dois namoraram por

Talvez

Sobre meu Primeiro Amor, Eduardo! Não faz parte da história da Menina e do Sábio! Alegria estava sentada sozinha no seu lugar predileto, um jardim abandonado da faculdade, onde um dia sonhava estudar. Ela conversava com o céu sobre aqueles dias tristes. Tristes porque Alegria transpirava saudade, saudade dele, do seu Primeiro Amor que trazia luz a sua vida. Por mais que tentasse, a saudade não cedia. Ela já conversara com a sabedoria, com o amarelo, com o sotaque, com todos aqueles “portos-seguros”. Até com a distância Alegria conversara. Infelizmente nenhum deles tinha ajudado Alegria a respirar. Ela recorreu até as palavras, mas ao invés de diminuí-la, quanto mais ela escrevia, mais saudade sentia. Talvez, Alegria ainda não soubesse ou se soubesse, preferia ignorar. Talvez o antídoto para saudade fosse a própria saudade, o Primeiro Amor. Se ela transbordasse o que sentia, talvez assim, a saudade iria embora, preencher uns inteiros ou outros tantos vazios. Talvez.