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Mostrando postagens de março, 2016

O som do silêncio

Não faz parte da história da Menina e do Sábio! Depois de perder o primeiro ônibus do final de noite por conversar com o Céu, Alegria decidiu pegar outro, de itinerário diferente. Ela sentou em uma cadeira perto da janela e no bloco de notas de seu celular escreveu: “Conversei tanto contigo sem você saber que perdi o ônibus que me deixava mais distante de nós dois. Será que fiz sem querer ou por querer te visitar?”. E, apesar de o Primeiro Amor não poder realmente escutá-la, Alegria sorria por sentir que o futuro ainda guardava segredos. Não segredos quaisquer, mas segredos daqueles que fazem os olhos sorrirem em um silêncio cantado.

Paciência

Não faz parte da história da Menina e do Sábio! Keep calm and... Alegria andava desanimada. Perguntava a Vida se estava finalmente na hora de desistir. A Vida, no entanto, trazia nos últimos dias, por menor que fossem, motivos para Alegria seguir em frente. Ela dizia: - Paciência, Doce Alegria! Tudo passa, tudo acaba, inclusive as coisas ruins. Nenhum sofrimento é eterno. E, por isso, Alegria continuava em direção ao horizonte a sua frente, seguindo sempre em frente.

No papel

Não faz parte da história da Menina e do Sábio. Ultimamente, Alegria só escrevia sobre a saudade. Ela esperava que assim, a saudade saísse de si e fosse morar no papel. Alegria acreditava que lá, ela seria lembrança boa, como dançar na chuva ou passar um tempo com aquele que ela amava. Alegria sabia que, às vezes, fazer nada com alguém como o Primeiro Amor podia ser suficiente para se preencher por inteiro. Pois, quem disse que nada não pode ser tudo? Que o silêncio não pode fazer barulho? Ou que o vazio não pode estar cheio?

Da série: de onde você veio, Menina? E o seu amigo, o Sábio?

No que vocês acreditam? A Menina e o Sábio - Destino e Acaso  Fazia um ano que a Menina e o Sábio se conheciam. Eles decidiram então visitar o lago onde tudo começara. O lago onde a Menina lembrou ao Sábio o que fazia dele tão sábio. - Nem parece que faz um ano que nos conhecemos. – A Menina riu dessas palavras. O Sábio achou estranho. Do que ela estava rindo? Ele não falara nada engraçado. Ou será que falara? O Sábio não tinha certeza, mas a Menina sempre agia de uma maneira só dela. Por isso, rir por nada talvez fosse a maneira mais adequada para ela, para a Menina que trazia tanto consigo, mais do que ele sabia.  – Estou com sorvete no rosto? – Perguntou o Sábio, lembrando-se do sorvete de menta que acabara de tomar. Dessa vez, ela gargalhou. - Não se preocupe. O vento já levou a gota de sorvete que o Sábio derramou na camisa. – Ele olhou para baixo e viu a pequena mancha verde que coloria sua blusa branca. - Droga! – Falou o Sábio baixinho. Depois riu de si mesmo por