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"Because in the end all we really have are memories"


A menina guardava um baú de passados. Ela o deixava debaixo da cama, escondido. Quando a saudade transbordava, a menina sentava no chão do quarto e com a chave que carregava sempre consigo, abria as lembranças para si. Algumas estavam cobertas pela poeira do esquecimento; outras desbotando pelas tantas lágrimas de tristeza que a menina derramara. Tinham ainda aquelas que estavam amassadas pela felicidade e manchadas pelas lágrimas da alegria... Eram pedacinhos do passado que ela trouxera para o presente como forma de lembrar outros dias, outras flores, outras dores. E, por isso, por tirar de palcos antigos, pequenas peças de seus cenários, o passado ainda estava presente, sendo eternizado todo dia pelas lembranças que, desgastadas ou não, continuavam ali, ao lado da menina, umas deixando de serem dolorosas com o tempo, outras sendo eternamente felizes mesmo com ele.

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