Dedicada a Sabedoria, que mesmo depois de tantas palavras, ainda me escuta falar sobre o ponto de interrogação. Alegria conversava com a contadora de piadas sobre aqueles dias sufocantes, sufocantes porque a incerteza não a deixava respirar. Ela guardava tanta energia dentro de si - daquelas que fazem o coração comprimir - que precisava gritar para sentir-se mais aliviada. Por isso, no estacionamento onde estava, Alegria pediu a Deus um sinal, atraindo olhares desconhecidos e desentendidos. Meio segundo depois ou até menos, veio o vento. Não o vento diário, mas um Vento diferente com toda força e caos de uma ventania. A desconhecida que ouvira as palavras da Alegria, chamou a atenção dela e da amiga, dizendo: - Você queria um sinal? Ele veio. – A moça falava da estranha ventania, apontando para o Céu. Envergonhada, Alegria agradeceu ao telhado azul do mundo inteiro e foi embora pensando nas palavras da jovem não conhecida. Será mesmo que o vento deixara um recad...
Alguns detalhes como a trajetória da chuva, o contraste das cores do céu e das árvores, o silêncio ensurdecedor e acolhedor de uma companhia sem palavras são destrinchados neste pequeno espaço. Comentários, poesias, lua e estrelas são bem-vindos aqui e no twitter @Chaconerrilla. Sejam bem-vindas(os)!