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Mostrando postagens de setembro, 2015

Vazio

O texto de hoje é dedicado a Amandis e a José Waldo que me acompanham desde os tempos do colégio. Sem vocês, seria mais difícil Qualquer comentário é bem-vindo aqui e no twitter @ameninaeosabio (sim, o blog tem twitter agora). Alegria não sabia que as estrelas viriam para levar a esperança embora. Quando a escuridão tomou conta do céu, ela recebeu a carta mais dolorosa dos seus tão poucos anos. As últimas palavras ameaçaram transformar a dor que ela sentia em lágrimas, mas Alegria fingiu ser forte e foi dormir. Infelizmente, não adiantou por muito tempo. Quando o sol trouxe a luz de volta, desesperada, Alegria  trocou de roupa e pegou o primeiro ônibus que passasse na Avenida Porto Seguro. O itinerário não a deixaria perto da casa amarela, mas ela não podia esperar. Por mais que tentasse esconder a dor, uma ou outra lágrima teimosa fazia questão de transbordar. Alegria sentou na cadeira perto da janela e olhou para o céu e já sem forças, deixou as lágrimas molharem seu r...

Sem permissão

Não faz parte da história da Menina e doSábio! E no silêncio da solidão, Alegria olhava para frente sem enxergar o verde das árvores ou o colorido das flores que estavam diante de si. Ela não estava sentada em um banco ao léu de uma rua silenciosa, estava em um lugar que só ela tinha acesso. Alegria não sentia o sol, o tempo ou o vento. Por isso, sem permissão ou expressão, a tristeza transbordou em forma de lágrimas. E só quando uma gota caiu em sua mão, Alegria percebeu que começara a chorar. 

"Because in the end all we really have are memories"

A menina guardava um baú de passados. Ela o deixava debaixo da cama, escondido. Quando a saudade transbordava, a menina sentava no chão do quarto e com a chave que carregava sempre consigo, abria as lembranças para si. Algumas estavam cobertas pela poeira do esquecimento; outras desbotando pelas tantas lágrimas de tristeza que a menina derramara. Tinham ainda aquelas que estavam amassadas pela felicidade e manchadas pelas lágrimas da alegria... Eram pedacinhos do passado que ela trouxera para o presente como forma de lembrar outros dias, outras flores, outras dores. E, por isso, por tirar de palcos antigos, pequenas peças de seus cenários, o passado ainda estava presente, sendo eternizado todo dia pelas lembranças que, desgastadas ou não, continuavam ali, ao lado da menina, umas deixando de serem dolorosas com o tempo, outras sendo eternamente felizes mesmo com ele.