Dedicado a Vimila, um dos meus casais preferidos da vida real!
Sábado, 19 de Novembro de 2011
A Menina e o Menino assistiam a um filme na casa dele. A família de
Francisco estava fora – cada um em um lugar diferente. Era final de semana –
Sábado à noite. Quase madrugada. Lívia passaria a noite ali depois de um dia
inteiro na praia. O longa-metragem em questão era um romance com sabor de água
com açúcar que a Menina queria muito ver. Em uma das cenas do filme, o casal protagonista dizi que são mais que namorados, são melhores amigos. Quando os créditos
subiram, Francisco puxou Lívia para mais perto de si. Ele a olhava nos olhos.
– Que foi? –
Perguntou a Menina.
– O que eu sou
para você?
– O que você é
para mim? – O Menino assentiu.
– Melhor amigo e
namorado? Ou o Vicente ainda ocupa o posto de melhor amigo? – Lívia riu.
– Você realmente quer a verdade? – Francisco fez que sim com a cabeça. – Você é mais que meu namorado. – Começou Lívia. – Mais que meu melhor amigo. – O Menino sorriu. – Você é meu melhor ouvinte, meu companheiro de aventuras, meu parceiro de crimes não ilícitos. Você é meu conselheiro favorito, minha dupla no dominó e no vôlei de praia (mesmo sabendo que a gente sempre perderá, porque eu sou péssima com esportes). Meu acompanhante em todas as festas que já fomos e ainda iremos. Meu par na dança. Você é o meu sorriso preferido, meu abraço favorito! Minha mão direita para a minha mão esquerda no piano. Você é tudo isso e muito mais – A Menina fez uma pausa antes de continuar. – Você é... Hum... Meu inclassificável! – Francisco franziu o cenho.
– Seu
inclassificável? – Lívia assentiu.
– Ainda não inventaram
uma palavra em português capaz de descrever tudo o que você é, tudo o que você
significa para mim. – Mais uma pausa. – Classificá-lo como namorado e melhor
amigo não é suficiente para descrevê-lo. Portanto, você é meu inclassificável!
– O Menino sorriu e, ainda sorrindo, deu um beijo na Menina.
– Eu amo você,
minha inclassificável! – Disse Francisco com a testa grudada na de Lívia,
fazendo-a sorrir de dentro para fora.
– Eu também amo
você, meu inclassificável! – O Menino, então, deu um beijo na testa da Menina e
outro no nariz. – Faltou um beijo...
– É? Onde? –
Brincou Francisco.
– Aqui. – Disse
Lívia apontando para a boca. Dessa vez, o beijo foi muito mais demorado e
profundo e traduzia todo o amor que um sentia pelo outro. Quando se separaram,
o Menino comentou:
– Sabia que
sempre que voltamos da praia suas sardas ficam ainda mais evidentes?
– É mesmo? –
Francisco assentiu.
– Uma, duas,
três, quatro... Eita! Pulei uma delas. Uma, duas, três, quatro, cinco... Errei
de novo! Uma, duas... – A Menina interrompeu o Menino com um beijo.
– Você não
conseguirá contar todas elas!
– Isso é um
desafio? – Provocou Francisco!
– É uma perda de tempo... Eu prefiro... – O Menino ganhou um beijo. – Outro... – Mais um beijo – Passatempo... – Mais um beijo. – Entendeu? – Francisco sorriu.
– Eu... – Lívia
ganhou um beijo – Também! Minha... – Mais um beijo. – Inclassificável. – Mais
um beijo.
– Cala a boca!
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