O Sábio assistia a um filme quando a Menina apareceu em sua sala arrumando o vestido com as mãos. Ela fazia isso com frequência, percebera o Sábio. - Deus! Você me assustou. – A Menina sorriu. - Desculpe-me! Não foi minha intenção. Você parecia querer minha companhia... – O Sábio riu. - Talvez eu quisesse mesmo. – A última vez que a vira fazia tanto tempo que o Sábio achava que a Menina não voltaria. - Você está errado. Eu não iria embora sem dizer adeus. – O Sábio parou o filme, foi à cozinha e pegou um copo d’água. Chegou quase a oferecê-la, mas, no último segundo, lembrou que sua Grande Amiga não estava realmente sentada em seu sofá, mais uma vez, ajeitando o vestido. - Não estou com sede. – Falou a Menina brincando. O Sábio colocou a garrafa na geladeira e voltou a sentar no sofá. Ele tomou dois goles de água, colocou o copo em cima da mesinha que ficava em frente ao sofá e pegou o controle remoto antes de olhar para a Menina. - É um bom filme. – Disse ele apontando co...
Alguns detalhes como a trajetória da chuva, o contraste das cores do céu e das árvores, o silêncio ensurdecedor e acolhedor de uma companhia sem palavras são destrinchados neste pequeno espaço. Comentários, poesias, lua e estrelas são bem-vindos aqui e no twitter @Chaconerrilla. Sejam bem-vindas(os)!